Alguns dias atras um amigo empreendedor obstinado pela idéia que as mudanças modernizadoras que o Brasil precisa devem ocorrer a partir de nós mesmos ,atraves de nossa iniciativa transformadora , postou no Facebook o seguinte manifesto sobre a origem e o comportamento face a crise.
“ CRISE É O Escambau!!!
A crise é de criatividade; a crise é de falta de estudo; a crise é de falta de comunicação: a crise é de falta de propostas: a crise é de falta de lição de casa; a crise é de falta de atualização; a crise é de falta de olhar na cara dos outros; a crise é de excesso de ego; a crise é da falta de generosodade; a crise é pessoal!
O dinheiro esta parado nas mãos de alguém que esta esperando pela sua PROPOSTA.
QUAL É A MINHA PROPOSTA? ”
Também tenho escutado atentamente o clamor dos industriais pelas mudanças estruturantes e modernizadoras que o governo há décadas não avança nos mantendo na rabeira da atratividade do ambiente de negócios. Os industrias com razão enfatizam que tem se superado todos os dias , mudando ações sempre atrás de novas oportunidades, melhorando processos ,atualizando as suas industrias ,enfim investindo e arcando com o ônus e o risco do compromisso assumido.
Muitos já quebraram ou estão despedaçados em grandes dificuldades fruto de uma macro politica totalmente equivocada. Os movimentos sociais e o povo na rua une empreendedores, trabalhadores e desempregados das mais diversas classes sociais. Estas manifestações significam o que a maioria já sabe. Precisamos que o governo faça a parte dele e isso é urgente. É um grito de alerta ,um grito de desespero pela urgência das mudanças.
O clamor dos empreendedores é pelas reformas tributaria e fiscal, pela reforma trabalhista, revisão da NR 12,BNDES,investimento em infra-estrutura logística, na geração de fontes de energia, na atualização da tabela do Imposto de Renda, modernização dos impostos, atualização da legislação trabalhista e por ai vai. A lista é grande.
A questão que coloco e merece nossa reflexão é qual das duas visões esta correta? A meu ver as duas ,elas não são excludentes e se complementam.
Nós precisamos da pressão da sociedade de todas as formas principalmente de lideres que podem influenciar sua associação de classe, seu município ,o estado e até o pais. As mudanças são prioritarias desde muito tempo e governo após governo vem sendo adiadas.
Há pelo menos 6 anos eu ouço especialistas falarem que o modelo de expansão da economia baseado no consumo interno se esgotou e que precisamos aumentar a produtividade em geral para competir num mercado mais amplo.
O que o governo fez? Tentou estimular a economia artificialmente em setores pontuais e deu no que deu. Mas ainda assim fica a pergunta: qual é a proposta?
Como o setor industrial pode se unir e com muito mais força pressionar o governo pelas mudanças necessárias e propostas concretas ? Essas são as mudanças externas a serem feitas fora dos muros das industrias.
Entretanto, nessas os industriais tem menos a fazer do que dentro dos muros de suas empresas criadas com muito proposito e paixão.Ai vale realmente a visão do meu amigo empreendedor,do inicio deste artigo.
Para isso precisa um novo olhar e a crise pode ser realmente ” a musa inspiradora “. No meu exame vestibular para engenharia o tema da redação foi “Os aspectos positivos da guerra”. Então com 17 anos tive bastante dificuldade em entender que a guerra tem aspectos positivos, pois, a necessidade de sobreviver acelera o desenvolvimento de novas ideias, novas tecnologias, novas alianças etc…há poucos meses assisti um filme que contava a historia do desenvolvimento do computador na segunda guerra mundial ,que permitiu decifrar o código de comunicação nazista e com isso salvar milhões de vidas antecipando o fim da guerra.
O mesmo vale para a crise. A crise reduziu o mercado mas não a zero. A decisão é nossa como iremos nos posicionar. Preparar a crise ou nos preparar para a crise .
Henry Ford tem um pensamento celebre que diz mais ou menos assim: “Se você acredita que vai dar certo ou,se você acredita que vai dar errado,em ambos os casos você esta certo”.